

Os millenials trouxeram novos hábitos de consumo
A proposta contemporânea da Osklen ultrapassou os conceitos artÃsticos: logo após o desfile, todas as peças estavam disponÃveis para...
DISCIPLINA // JORNALISMO E MODA
Esse site traz uma reportagem produzida na disciplina de Jornalismo e Moda da Universidade Federal de Santa Catarina sobre o desfile da marca OSKLEN no SPFW de agosto de 2017.
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aluna
Camila Melícia Valgas
professora
Professora: Flavia Guidotti
Sobre a coleção
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Oskar Metasavaht
Juliana Suassuna
Pedro Sales
Amanda Schon
Gomus
Roberta Marzola
A Osklen sempre atentou-se a representar sensações de despojamento e naturalidade, trazendo peças donas de silhuetas mais largas, alfaiataria e tecidos esvoaçantes. A coleção inspirada nas obras de Tarsila Amaral trouxe o feeling da essência da marca, mas com um toque novo apoiado em uma artista dona de muita brasilidade.
A percepção do levante ao natural começou pela beleza escolhida pela beauty artist Amanda Schön. Maquiagem? Quase nada. O investimento foi em cuidados com a pele, ao invés de grandes quantidades de bases, corretivos e afins para esconder as "imperfeições" (termo cada vez mais questionado por ser apenas um padrão criado dentro de ideais inalcançáveis de beleza).
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Hidratação, drenagem, esfoliação, máscaras de argila e luminosidade foram os tratamentos escolhidos para "trazer a beleza de dentro para fora". O hairstyle seguiu a mesma linha: foi respeitada a textura e o movimento de cada cabelo - deixe ser natural.
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Nada mais apropriado para uma coleção que traz tanto do Brasil (e, consequentemente, ar tropical e leve) quanto uma inspirada em Tarsila de Amaral. O desfile, que ganhou de trilha sonora um set de techno house, não deixou dúvidas de que trazia consigo a modernidade. Demos oi para peças sóbrias, monocromáticas. Os primeiros looks trouxeram cores bastante básicas, como branco e palha.
Mas logo a paleta de cores ganhou vida com a vinda de looks em vermelho da cabeça aos pés, em alusão ao Manteau Rouge, confirmando a teoria de uma Osklen contemporânea já que a cor nunca esteve tão em alta.
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A arte de Amaral apareceu mais "descaradamente" em looks que trouxeram suas obras mais famosas estampadas. O Abaporu foi protagonista de um vestido esvoaçante - que lembrava um lenço, tamanha leveza. Esta característica da peça foi exaltada no vídeo produzido e postado pela marca em seu canal do Youtube:
As estampas da artista também apareceram nos acessórios, como em bolsas - carregadas pelos modelos femininos e masculinos. Aliás, essa divisão ainda de coleções por gênero é um dos fatores que mantém a Osklen não tão alinhada as tendências de consumo dos millenials.
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As referências da artista também estão em outros elementos. Tênis feitos de corda de algodão, flats que fazem alusão às telas em branco e clutches (de madeira de reflorestamento) com alças removíveis feitas com lenço de seda e estampados com quadros de Tarsila.
Olá Abaporu (1928), Antropofagia (1929) e Palmeiras (1925)! Bem vindos à passarela.
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